31 de Julho:75 anos de Nossa Diocese de Lorena


 




























































































O ano de 2012 é um ano de comemorações para aos fiéis católicos de Lorena. Nesse especial, vamos conhecer um pouco mais sobre a história da Diocese.

No dia 31 de julho de 1937, o Padre Pio XI desmembrou uma parte da antiga Diocese de Taubaté para formar uma nova Diocese com sede em Lorena.

No início a criação da Diocese de Lorena não foi uma ideia bem vinda ao Dom Epaminondas, mas em 1935, José Vicente de Azevedo, em reconhecimento ás suas várias benfeitorias, recebeu o Papa Pio XI o título de Conde Romano. Um ano depois, ocorreu o falecimento de Dom Epaminondas, então o Pernambucano Dom André Arcoverde Albuquerque Cavalcanti Bispo de Valença, foi noticiado pela Santa Sé sobre sua transferência para a Diocese de Taubaté. Em 24 de outubro do mesmo ano Dom André assumiu seu novo pastoreiro. Com a chegada do segundo Bispo de Taubaté, o Conde José Vicente de Azevedo tomou novo ânimo e recomeçou seu trabalho em prol da criação da Diocese de Lorena.

Dom André simpatizou-se pela ideia do Conde e empenhou-se pessoalmente em realizá-la, até que Pio XI, através da bula desmembrou as paróquias de Lorena, Areias, Bananal, Cachoeira Paulista, Cruzeiro, Cunha, Campos de Cunha, Embaú, Pinheiros, Piquete, Queluz, São José do Barreiro, e Silveiras da Diocese de Taubaté, criando a nova Diocese com a sede episcopal na cidade de Lorena antiga freguesia de Nossa Senhora da Piedade.



Uma Catedral à Altura da Forte Devoção Lorenense

Antes da então imponente Igreja Matriz, haviam sido construídas 3 igrejas, todas elas por moradores da Freguesia de Nossa Senhora da Piedade.

Primeira Igreja (Capela)

Em 1705 a Freguesia já possuía uma pequena capela, de parede de pau a pique recoberta de sapé, localizada a margem do Paraíba que então passava seu leito bem próximo da Igreja. Em torno dela começaram a se agrupar as primeiras casas da futura freguesia.


Segunda Igreja

Em 1718 o arraial do Porto de Guaypacaré foi elevado a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade. Nessa mesma data, a capela foi desmembrada da Matriz de Santo Antonio da Vila de Guaratinguetá e se tornou a Igreja Matriz.

Por volta de 1720 a antiga capelinha foi demolida e ergueram uma nova igreja com paredes de taipa de pilão, traves de madeira por dentro e de avantajadas proporções. Tinha três altares (com sacrário no altar-mor) sacristia, púlpito, coros, dois sinos, pia batismal de madeira e um armário com três âmbulas de estanho onde se guardavam os santos óleos.

Terceira Igreja (Paróquia)

A Paróquia não tinha muitos recursos, e os fiéis viviam em constantes lamentações porque não havia a boa vontade do Governo a reconstruir a Igreja. A Vila de Lorena obteve os foros da cidade em 24 de abril de 1856. Os moradores resolveram construir uma nova Matriz com os recursos do progresso alcançado pela população.

Joaquim Moreira Lima pai do Conde Moreira Lima foi quem dirigiu a modificação do templo. A igreja foi erguida sem qualquer planta ou projeto. Colocaram portas e janelas, fizeram rudes escadas para o acesso ao púlpito e ao coro, sem forro e com piso atijolado. Era um templo primitivo, porém, ostentava um grande e rico altar de talha dourada, onde se admirava a mesma imagem de Nossa Senhora da Piedade venerada até hoje. Para assistirem aos cultos divinos as famílias faziam suas escravas transportarem esteiras que forravam o chão.


Quarta e última Igreja (Matriz)

Em 1886 ficou decidida a demolição do antigo templo e a edificação de uma nova Matriz. A construção começou em 1 de maio de 1886 e para arcar com os recursos necessários à ornamentação do templo foi aberto um “Livro de Ouro” em que figuram as assinaturas de D. Pedro II, da Imperatriz D. Teresa Cristina, da Princesa Izabel e do Conde D’Eu. E também as pequenas doações de toda população que auxiliou a conclusão da Matriz.

Quando a finada Condessa de Castro Lima legara em testamento à nova Matriz oitenta contos de réis, que equivalem aproximadamente à atual quantia de quatro milhões e meio de reais. O legado ficou sob os cuidados de seu filho, o Conde Moreira Lima, que se responsabilizou por fazer os pagamentos à proporção que fossem feitas as despesas da obra. O projeto da Matriz foi idealizado pelo arquiteto e engenheiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo, que projetou o Teatro Municipal de São Paulo. Conforme as palavras do arquiteto Ramos de Azevedo: “um templo de puro estilo romano, todo ele incombustível, solidamente construído, em condições de atravessar séculos e não demandar senão poucos trabalhos de conservação”. O material utilizado na edificação da igreja é de excelente qualidade. Todo o travejamento, de aço, foi importado da Bélgica; as telhas da cobertura vieram de Marselha; os mosaicos do piso foram fabricados em Paris; o órgão de origem francesa e o relógio foram doados pela Baronesa de Santa Eulália, irmã do Conde Moreira Lima; os sinos pelo Dr. Machado Coelho de Castro. Dona Odila de Machado Coelho mobiliou a Igreja, gastando 3 contos de réis com os bancos.
São cinco portas da Matriz: a principal, inaugurada em 1950; duas laterais no corpo da Igreja também inauguradas em 1950 e duas na sacristia, que são as mesmas desde a inauguração em 1° de janeiro de 1890.

A obra terminou em 31 de dezembro de 1889 e a nova Matriz foi solenemente inaugurada em 1° de janeiro de 1890. A 31 de julho de 1937 foi elevada a Catedral atingindo o ápice de sua ascensão desde a Capela, sendo atualmente sede do bispado.

Esse ano a Matriz celebrará 75 anos de existência, em que muitos homens e mulheres de fé viveram e morreram como cristãos, transmitindo as tradições religiosas ás suas comunidades.
 

Fonte:http://lorena.sp.gov.br/noticia.php?idnoti=6082









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